quarta-feira, 29 de maio de 2013

Áudio livro – já ouviu?


A Universidade Falada® (UNIFA) tem como objetivo difundir cultura pelo Brasil, distribuindo conteúdo em áudio.
No portal www.universidadefalada.com.br você encontrará um endereço eletrônico para uma áudio-teca. Uma gigantesca livraria de assuntos em áudio para você adquirir e escutar onde quiser. Todo o seu conteúdo e os direitos autorais pertencem a Editora Alyá, empresa criada exclusivamente para viabilizar este projeto.

O projeto Universidade Falada® pretende democratizar a cultura, facilitar o acesso às grandes obras à população mais afastada dos grandes centros culturais do país.


segunda-feira, 27 de maio de 2013

Produção científica do Brasil aumenta, mas qualidade cai

Em dez anos, país subiu do 17º para o 13º lugar na lista dos que mais publicam artigos e caiu de 31º para 40º em citações.
A produção científica brasileira, medida pela quantidade de trabalhos acadêmicos publicados em periódicos científicos, está em ascensão. Mas a qualidade dos trabalhos não acompanha o ritmo. O cenário foi encontrado em informações tabuladas pela Folha a partir da base aberta de dados Scimago (alimentada pela plataforma Scopus, da editora de revistas científicas Elsevier). Ela traz números da produção científica de 238 países.
De 2001 para 2011, o Brasil subiu de 17º lugar mundial na quantidade de artigos publicados para 13º – uma conquista que costuma ser comemorada em congressos científicos do país.
Em 2011, os pesquisadores brasileiros publicaram 49.664 artigos. O número é equivalente a 3,5 vezes a produção de 2001 (13.846 trabalhos).
O problema é que a qualidade dos trabalhos científicos, medida, por exemplo, pelo número de vezes que cada trabalho foi citado por outros cientistas (o chamado “impacto”), despencou.
O Brasil passou de 31º lugar mundial para 40º. China e Rússia, por outro lado, ganharam casas no ranking de qualidade nesse período.
Segundo especialistas ouvidos pela Folha, um dos motivos do salto de produção com queda de qualidade foi o aumento do número de periódicos brasileiros listados nas bases de dados: de 62 para 270 em dez anos.
“Isso aconteceu por causa de uma política de abertura para revistas científicas nacionais de países como Brasil, China e Índia”, explica o cienciometrista da USP Rogério Meneghini, coordenador da base Scielo, que reúne 306 periódicos brasileiros.
O problema é que os trabalhos de periódicos científicos brasileiros têm pouco impacto. Apenas 16 dessas revistas receberam, em 2011, uma ou mais citações por artigo. Para ter uma ideia, cada artigo da revista britânica “Nature” recebeu cerca de 36 citações.
O maior impacto entre os periódicos nacionais é igual a 2,15, da revista “Memórias do Instituto Oswaldo Cruz”.
“Cerca de 45% dos trabalhos científicos que recebemos são de autores estrangeiros”, conta Francisco José Ferreira da Silva Neto, do corpo executivo do periódico.
Mas não são apenas os periódicos nacionais que derrubam o impacto da ciência brasileira no mundo.
“A política atual de ensino superior no Brasil pressiona para que os pesquisadores publiquem mais e para que publiquem de qualquer jeito”, diz o biólogo Marcelo Hermes-Lima, da UnB (Universidade de Brasília).
Retirado da Folha de S. Paulo

Postado por: Keila F. Souza Cruz